Seminário de História da Moda – Fundação Casa de Rui Barbosa

A Fundação Casa de Rui Barbosa (fundação onde eu estagio) promoveu um Seminário de História da Moda : perspectivas brasileiras, na quarta (8), buscando dar um pouco mais de base informacional aos estudantes sobre a moda no Brasil, mas não necessariamente moda brasileira. Das as 10 as 17 hrs fui arrebatada quase que por uma viagem no tempo. E aqui, vou fazer um post sobre as palestras que mais me chamaram a atenção!

A primeira palestra logo nos pegou de surpresa: Tramas de afeto e saudade – Objetos e práticas vitorianas no Brasil oitocentistaNesse primeiro trabalho vimos como as jóias (são esses os objetos de afeto!) eram fundamentais para expressar emoções no período vitoriano, já que as sociedade, principalmente as mulheres, deveriam manter seus sentimentos disfarçados e serem altivas antes de tudo.  Assim, as jóias que você carregava contava sobre você e sobre sua atual situação.  Surgem, então, os camafeus, relicários etc, que traziam consigo retratos de filhos, entes queridos (as vezes já falecidos), relíquias, entre outras coisas, que simbolizavam ou o luto, a saudade, ou o afeto.

Na segunda metade do séc XIX o gosto pelo cabelo, acaba levando a criação de quadros e jóias com o cabelo como matéria prima! O cabelo possuía um significado  naquele período.  Por ser célula morta e manter sua viçosidade, e, mesmo após a morte os cabelos continuam intactos, estes simbolizava o duradouro, o perpétuo, além de vários outros valores. Logo, as mulheres do período mantinham cabelos enormes e que deveriam ser contidos (explicando aqueles penteados bufantes e bem altos!). Dessa maneira, possuir uma jóia com os cabelos de alguém querido, receber de presente numa carta os cabelos do amado simbolizavam carinho e afeto.

A segunda palestra fala do MIMO (Museu da Indumentária e da Moda)Retratos de família revelam escolhas feitas em determinado período quanto a moda, e com a história da fotografia anexada, nos dá um contexto histórico e social, melhorando a compreensão do acervo (a foto) e gerando mais informações sobre a história da moda brasileira. Agregando também os sujeitos como protagonista social fazendo a manutenção deste processo sociocultural, aliás serão registros online de diversos tempos históricos brasileiros!

Na palestraModa é coisa de Museu?” a Maria Claudia Bonadio trouxe um histórico sobre o IAC (Instituto de Arte Contemporânea), que foi instalado no MASP durante 1951 e 1952 e contou como as primeiras peças de indumentária e moda se tornaram artigos de museus, toda a rejeição e a tentativa,também, de criar uma moda brasileira (ela falou de vestidos chamados “abacate”, “bala de coco”!!) com seus cursos na area da moda, publicidade e design . As peças eram chamadas costumes e só eram consideradas “peças de museu” quando possuíam valor histórico (quanto mais antigo, melhor!) ou quando eram feitos por artistas.

“Costume de 2045” por Salvador Dali

A Rosane Feijão, uma das organizadoras e também palestrante do evento, trouxe o tema Moda e Imprensa na Belle Époque carioca” de maneira bastante esclarecedora. Nos fez perceber ainda mais que a moda nos dá características de uma sociedade. A partir dos estudos dela a cidade do Rio tem a moda inserida de acordo com o crescimento da cidade seguindo sempre os parâmetros franceses. Se o objetivo era que o Rio se tornasse “uma Paris” porque a moda seria deixada de lado!?  A partir disso, a moda “entra na moda” no Rio. Revistas generalistas como a Fon-Fon e Careta ganham cadernos e colunas específicas para moda, tanto masculina quanto feminina, e abordavam os acessórios em desuso e em voga, além de darem “suas criticas” quanto as pessoas que circulavam nas ruas..

Fotografias de pessoas passeando pelas ruas, com as criticas embaixo

Na foto começamos a ver o principio do streestyle, han!?  A roupa era um elemento fundamental para obter projeção nas colunas sociais e na própria sociedade. A moda servia como propulsora, dizia de que classe social você pertencia, mas também era um tanto quanto opressora às mulheres e homens. O “fashionismo” era mal visto, e o que era pré-estabelecido para aquela estação era seguido veemente. Enquanto que ao mesmo tempo a moda refletia as mudanças na sociedade, se adaptando facilmente as necessidades, principalmente das mulheres, que se veem caricaturizadas e descriminadas ao serem livres e enfim, livrarem dos vestidos e usarem calças. Deixando um pouco de lado a ideia, sempre mantida, de que as mulheres deveriam se vestir para agradar aos homens, vemos, então, a moda como libertação.

Vi vários panoramas, várias “modas”, da moda opressora a moda libertadora, das revistas específicas de moda, com paginas lotadas de publicidade, aos cadernos de moda em revistas generalistas carregados de charges divertidissimas sobre as vestimentas “padronizadas” e ainda diferentes.

Saí com uma vontade imensa de pesquisar mais sobre e com uma sensação de viagem no tempo. Para quem se interessou pelo assunto a Rosane Feijão possui um livro chamado Moda e Modernidade na Belle Époque Carioca da Editora das Letras e Cores.

O post ficou enorme, mas acho que vale a leitura! ^^

Estudando nas férias e {6/52}

Meu blog tem andado a passos de tartaruga.. mas vamos seguir. Já pensei em trocar de nome, mudar um tudo por aqui, mas tem sempre alguem ( leia-se: Maldito Vivant) que me trava e eu continuo blogando, pois por mim ja teria parado.

Tenho ficado meio desanimada pra postar, tenho tido que estudar nas férias e a própria falta de ideia sobre o que postar.

Essa semana, como diz no titulo, passei estudando. Como planejei para esse ano fazer uma prova pra ser Monitora tenho que estudar bastaante.. E esse livro foi uma indicação de uma professora para já começar meus estudos para a Monografia e mais alguns planos.  *-*

Esse é o livro que eu ganhei de aniversário, é um livro sobre a a geração da Moda, seus paradoxos e que ao observar a História, essa geração é a menos pior. Então, ele joga com o assunto da imagem, do efêmero e do frívolo, sendo um livro  fundamental para o entendimento sobre cultura, consumo e comportamento.

Essa foi pro projeto!

Mais detalhes do livro! ♥

Ah ele é um pocket book tá gente?!

Eu amo esses detalhes da Companhia das Letras ♥

Para todos que tenham curiosidade sobre o assunto tá aí uma dica!

PS.: Acho que eu to encontrando minhas cores na fotografia, simplesmente fiquei apaixonada por essas fotos!

{3/52} e origami

Olá!! Obrigada pelas visitas e comentários no outro post e por terem se interessado de verdade pelo site How About Orange!
Enfim, to dando continuidade ao 52 Weeks Project e espero seguir assim, começa a correria da faculdade, tudo desanda! Quis postar sempre aqui no blog, até pra eu mesma ir acompanhando e quem tiver visitando poder se encorajar a fazer também. Escolhi essa foto para essa semana, porque a minha semana foi ler esse livro. Um pouco complicado no inicio me acostumar com o linguajar teatral ( sabe aquela coisa? Cena 2. Fulano se levanta), não sou uma amante desse tipo, mas já me adaptei e tá sendo ótimo ler Arthur Miller.

Essa foto de cima ainda me incomoda não sei porque… Nao sei se meu irmao não enquadrou direito, mas sei lá, não gostei muito dela.

Essa é a foto do projeto!  Adorei como as cores ficaram

Outra versão. Menos favorecida eu acho..rsrsrs

Essa semana tentei fazer mais um marca páginas, sou loucas neles. Tô quase querendo fazer uma coleção deles também, já falei que to começando uma coleção de ingressos de cinema? Então, fuçando o How About Orange, achei um video ensinando a fazer esse marca pagina, um origami lindo de gatinho, que por sinal levei uma surra para conseguir fazer! hahahahah Eu sempre acabo me aborrecendo com minhas distrações quando não consigo realizar alguma coisa direito!

Ah! Por essa semana acho que vou dar uma sumidinha aqui do blog, mas já já volto com mais posts!

Beijos e Obrigada pelo carinho de sempre! 😉

Meme Literario..

Recebi o Meme do mega querido Ferds do Maldito Vivant..muito tempo não respondia um meme então vamos lá né..

1O Natal da Turma do Snoopy. Adooro Snoopy gente..ahahaha As tirinhas são a coisa mais linda. Não gosto de ler livros além de uma vez, mas esse é tão bonitinho que leio mais de uma vez e não canso..

2 -Para o resto da vida é complicado, mas já que tem que escolher..

Curto muito a narrativa [a história é contada pela Morte]  e o próprio ambiente [2ª Guerra Mundial]. De vez em quando ainda me pego lembrando de trechos do livro.

A Menina Que Roubava Livros- Markus Zusak

3– Bem..indicações são complicadas..teria de conhecer o gosto da pessoa para quem vou indicar o livro…fica mais fácil tanto para indicação quanto para a leitura da pessoa.

Enfim, gosto de Morangos Mofados de Caio Fernando de Abreu [ para quem gosta de contos sobre cotidiano, amor, solidão..] , Anjos e Demônios do Dan Brown [ suspense que prende bastante, escrever 400 páginas contando algo que acontece em 4 horas é incrível] , Reparação de Ian McEwan [ para quem gosta de romances com finais  surpreendentes, como eu ] …

4 – 10? Tantos..

Rachel do Rachel Dias

Joana do Pseudologia

Biia do This Love Bug

Carol do Make a Wish

Elô do Party Monsters

Renata do Mulher Vitrola

Thaila do Encantos Mil

Feeh do Delicate-Shine

Emi do Iemai

Mandy do Mandy Stories

5 – O Ferds já tá linkado por aqui.. Maldito Vivant.

Sinceramente, adoraria que esse Meme fosse sobre música..

Eu amo livros, mas infelizmente leio pouco..tenho problemas com isso. Começo a ler um livro..se ele realmente nao me prende, não leio, largo pelo meio… Para quê ler se depois vou ficar falando mal ou então.. para que ler se não estou gostando? Então prefiro me privar de perder meu tempo.. Música eu até consigo ser menos “cabeça dura“, mas livros..ou amo ou odeio. Se não gostar de cara, não adianta que não vou gostar dele quando chegar ao final.